No primeiro episódio de "Modos de Ver", documentário de John Berger, há um discussão sobre a maneira de se apreciar (no caso, visualmente), obras de arte europeias. O ponto central deste episódio (inicial), diz respeito de como a invenção da fotografia impactou a representação de pinturas e, de certo modo, influenciou a forma que as pessoas interpretam as mesmas. Ao longo do vídeo e do discorrer do tema, Berger coloca o telespectador em contato com obras de arte clássicas e coloca-as em situações relacionadas à música, de forma que haja uma reflexão acerca do poder de influência do elemento sonoro na interpretação e apreciação de pinturas. Além disso, ele também destaca um ponto muito interessante, que consiste em afirmar que o entendimento infantil da arte está relacionado, primordialmente, ao seu "conhecimento de mundo". Berger reitera o conteúdo de tal máxima exibindo sua experiência com um grupo de crianças, expostas à pintura A ceia de Emaús (1601) de Caravaggio. Ao encerrar o vídeo, John faz uma provocação ao telespectador, que me inspirou para formular os meus 3 questionamentos:
1-Existe, afinal, uma maneira mais correta de se apreciar a arte?
2- Quão grande é a distorção causada pelos nossos sentidos (para além da visão) na interpretação de obras de arte?
3-Toda representação da arte visa atingir o seu leitor de outra maneira que não seja a pura e literal apreciação?
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